segunda-feira, 25 de abril de 2011

Em um Mundo Melhor (2010) – In a Better World | Brasil - Dinamarca


Título Original: Haevnen

Título Nacional: Em um Mundo Melhor
País de Origem: Dinamarca
Idioma Falado: Dinamarquês

Diretor: Susanne Bier
Atores: Mikael Persbrandt, Trine Dyrholm and Markus Rygaard

Há um bom tempo eu não via um filme que retratasse tão bem as consequências de uma família conturbada na vida de uma criança. Na verdade, o filme explora bastante esse lado dentro de casa para mostrar o resultado na vida de 2 garotos entre os muros escola. Ambos sofrem com o tal bullying. 

Elias sofre com a separação de seus pais e sente na pele a ausência de seu pai, Anton, que trabalha como médico em um campo de refugiados na África. Christian, o segundo garoto, acaba de perder a mãe em uma batalha contra o câncer e vai morar com o pai, contra sua vontade. Claramente abalado pela perda, Christian culpa o pai por não ter salvado sua mãe e se revolta com todos a sua volta, inclusive contra o grupo de alunos que insiste em sacanear Elias. A partir daí, os dois se tornam amigos inseparáveis e formam uma forte dupla na luta a favor da justiça. Buscam se vingar até mesmo de um ato de covardia contra o pai de Elias, que aparentemente mostra-se fraco e reprimido. Porém, até que ponto a justiça pode ser feita por dois garotos de 10 anos?


Em um erro de percurso durante um ato de vingança contra o agressor do pai de Elias, Christian acaba colocando a vida de seu parceiro em perigo, abalando fortemente a amizade da dupla. A mãe de Elias se revolta contra Christian e a partir desse momento a trama ganha força e nos prende à tela até o final do filme.


Vencedor do Globo de Ouro 2010 e do Oscar 2011 como melhor filme estrangeiro, “Em um Mundo Melhor” mostra a qualidade do cinema Dinamarquês com a consagrada diretora Susanne Bier.

Realmente um filme incrível, inteligente e autêntico, retratando de maneira real o impacto dos problemas familiares na vida pessoal dos filhos. Talvez uma breve lição para nos preocuparmos com o futuro de nossas crianças. Um belo filme!

Por Leandro Mendes

Sinopse CineMusical

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Beatles - White Album | Brasil (1968)‏


Esse é com certeza um dos maiores clássicos de todos os tempos, não há quem discorde. Pra mim, um dos melhores discos dos Beatles, ou quem sabe, da história!

Lançado em 1968, o famoso álbum duplo do quarteto de Liverpool é considerado uma obra prima, carregando alguns de seus maiores sucessos. O processo de criação do disco teve início em uma viagem à Rishikesh, na Índia, onde os quatro membros deveriam praticar a meditação transcendental para compor fora das aflições e problemas da vida pessoal e do mundo. Esse retiro espiritual deu luz ao grandioso White Album, nomeado o décimo melhor disco de todos os tempos

Percebe-se uma notável evolução na produção do álbum, pois os estúdios de Abbey Road adotavam pela primeira vez a tecnologia de gravação em quatro canais. Mas essa qualidade deve-se mais ao amadurecimento musical de Paul, John, George e Ringo. Que evolução!

No disco um você encontra clássicos, como “While My Guitar Gently Weeps”, onde Eric Clapton foi convidado a gravar os belíssimos solos, “Ob-La-Di, Ob-La-Da” e “Why Don´t we Do it in the Road?”. Porém, as melhores canções estão no segundo volume. “Birthday” é rock contagiante do início ao fim, “Yer Blues” é um clássico Rock and Roll ao estilo Blues, “Revolution 1” é um hino inexplicável e
Everybody's Got Something to Hide Except Me and My Monkey" empolga com seus Riffs de guitarra grudentos e felizes. O primeiro Heavy Metal de toda a história está no segundo disco de White Album: "Helter Skelter". Há quem discorde que seja realmente pesado, mas garanto que é o som mais Heavy que os Beatles já fizeram. Black Sabbath, Led Zeppelin e Deep Purple foram fortemente influenciados por esse clássico.

As belas “Cry Baby Cry” e “Saxie Sadie” mostram o lado sensível de John Lennon, enquanto “Julia”, “BlackBird” e “Good Night” mostram o de Paul McCartney. Até mesmo George Harrison contribui com as baladas “Piggies” e “Long, Long, Long”.



White Album é um dos clássicos dos Beatles que merece um lugarzinho na prateleira da casa dos verdadeiros apreciadores da boa música. Digo prateleira não porque sou das antigas ,mas sim porque esse disco merece mais do que alguns megabytes do disco rígido do computador.

Eu confesso: nunca fui muito fã de Beatles, mas de uns tempos pra cá simplesmente me encantei e passei a admirá-los demais. Foram 13 discos lançados em apenas 7 anos de carreira, não é incrível? Respeitavelmente é considerada a melhor banda de todos os tempos!

Por Leandro Mendes
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sexta-feira, 8 de abril de 2011

VIPs – Wagner Moura (Brasil) – 2010


Título Original: VIPs
Título Nacional: VIPs
País de Origem: Brasil | 2010
Idioma Falado: Português

Diretor: Toniko Melo
Atores: Wagner Moura , Juliano Cazarré e Gisele Fróes
Nota no imdb

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Wagner Moura em atuação impecável em um dos melhores filmes nacionais de 2010.


A estranha história do falsário Marcelo Nascimento da Rocha ganha ainda mais importância com o filme VIPs, em cartaz desde o último dia 24 de março. Inspirado no livro “VIPs – Histórias reais de um mentiroso”, escrito por Mariana Caltabiano, o filme retrata as histórias malucas e criminosas de Marcelo (Wagner Moura), um garoto perturbado de classe média que sofre com a ausência do pai, o qual nunca conheceu.

Já na adolescência, finge ser da família de uma companhia de transporte rodoviário somente para viajar de graça. Segundo o verdadeiro Marcelo em entrevista ao programa de Hebe Camargo, diz: “Eu fingia ser outras pessoas somente para me dar bem, viajar de graça. Era pura diversão e ainda não era uma ação criminosa.”

Inspirado em seu pai imaginário que reside em sua mente desde a infância, Marcelo sonha em ser um famoso piloto e viajar pelo mundo. Resolve então fugir de casa para buscar realizar seu sonho e se tornar independente. A partir daí, passa a trabalhar como ajudante para um importante traficante de drogas e armas, que utilizava o avião para transportar a carga. Quando menos esperava, lá estava Marcelo pilotando o avião como ninguém!

Marcelo foi pego pela polícia, porém seu “chefe” conseguiu libertá-lo sem grandes problemas. No entanto, Marcelo precisa ficar fora da jogada. Recebe então uma bolada em forma de prêmio por ter ficado de boca fechada e não ter denunciado ninguém. É com esse dinheiro que Marcelo resolve fazer a loucura que o tornaria famoso em todo o Brasil.

Contrata um helicóptero, 2 seguranças e compra um dos mais importantes camarotes do carnaval fora de época de Recife. É com essa trama toda que Marcelo finge ser Henrique Constantino, herdeiro da companhia aérea Gol. Esse é o ápice de sua história, porém também é onde decreta sua decadência. Claro, Marcelo é pego pela polícia e condenado por 5 crimes, dentre eles traficante, estelionatário e falsidade ideológica.

Assim como o próprio personagem, que é dotado de diversas identidades e se adapta a diversas situações facilmente, Wagner Moura também demonstra ser um ator completo e versátil ao interpretar Marcelo. Vencedor do prêmio de melhor ator no Festival de Rio 2010, Wagner mostra que é mais do que um Capitão Nascimento do filme Tropa de Elite. É um ator incrível, orgulho do cinema brasileiro!



Por Leandro Mendes
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terça-feira, 5 de abril de 2011

Richie Kotzen – Projeto Wilson Hawk: The Road (2009) | Brasil


O guitarrista Richie Kotzen é um músico que merece destaque na cena atual. Não por ser virtuoso, completo, cheio de técnica e inovador, e sim por saber fazer um som de qualidade, às vezes um pouco pop, porém sempre autêntico. Richie Kotzen, que já passou por diversas experiências ao longo de seus mais de 25 álbuns gravados, inclusive com Mr. Big e Poison, trouxe ao mundo mais uma nova obra-prima. Em parceria com o produtor Richie Zito, famoso por produzir The Cult e Poison, o guitarrista mostra suas influências do Soul e R&B com o projeto Wilson Hawk, lançado em 2009.

Como é característico de Kotzen, o disco é repleto de baladas grudentas, porém saborosas. Sabe aquelas músicas que não saem da cabeça e nem você quer que saiam? Então, nesse álbum você vai encontrar. Claro, não são somente baladas. Na verdade, o disco começa bem agitado com as 4 primeiras músicas, caracterizando muito bem a proposta que Richie Kotzen tinha em mente quando planejou criar o projeto Wilson Hawk. Nas canções “How Does It Feel”, “I Need Your Love”, “Over” e “Something in You” você consegue identificar algumas características de Curtis Mayfield, Otis Reading, Marvin Gaye e até mesmo um pouco de influência da grandiosa Jackson Five.

As baladas realmente são belíssimas. Aposto que vai ter gente falando - Ah, mas essas são muito melosas, prefiro as outras! - Tudo bem, há de convir. Mas pra quem realmente gosta,  vão aqui minhas indicações: “I Promise I Will”, “What I Lost” e “The Road” realmente emocionam. A voz de Kotzen é incrivelmente marcante nessas canções. Percebe-se a sensibilidade e expressão ao ouvir cada palavra cantada.

Agora imagine tudo isso com uma pitada meio blues, Funk e com uma voz ao estilo Chris Cornell. Aliás, não precisa imaginar. Confira você mesmo o clipe da canção “Everything Good”.



Por Leandro Mendes
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