segunda-feira, 28 de março de 2011

Jonny Lang: Wander This World (1998) – John Mayer


Muitas pessoas hoje em dia ainda insistem em falar que Jonny Lang é um John Mayer frustrado e sem fama. Estou aqui pra desmentir isso! Claro, não pra falar que Jonny Lang é mais famoso, pois seria uma idiotice, mas pra provar que ele também sabe fazer música de qualidade e de incrível bom gosto!

O álbum Wander This World é o que mais impressiona. Com composições de ponta e de ótimo gosto, o então guitarrista de apenas 18 anos mostra seu dom para a música. Com uma voz incrivelmente potente, que às vezes lembra a de um negro cantor de soul, Lang executa as 12 canções do álbum com maestria e genialidade, sem exagero!

A duas primeiras músicas, “Still Rainin´” e “Second Guessing”, são as que mais marcam e caracterizam o álbum. As melodias são totalmente pra cima, animadas e com maravilhosos arranjos de teclados ao melhor estilo blues rock. A balada “Breakin´ Me” é simplesmente impressionante - sua voz está de arrepiar. Com a sensibilidade de quem nasceu pra música, Jonny Lang toca cada acorde como se estivesse tocando o coração de sua musa inspiradora.



A faixa título do disco, “Wander This World”, começa com um violão que lembra o início de Babe i´m Gonna Leave You, do Led Zeppelin, e possui diversos solos de guitarra com a mais expressiva raiz no blues – e não deixa nada a desejar se comparadas. A balada “Walking Away” é ainda mais comovente, comprovando que Jonny Lang é versátil e sabe fazer balada de bom gosto, com guitarras marcantes e belos arranjos.

Enfim, é um disco que deve estar nas prateleiras dos amantes do verdadeiro blues contemporâneo: um disco disco genial! Jonny Lang não abre mãe de continuar fazendo música de qualidade para se vender à mídia. Aliás, talvez seja por isso que Lang não tenha a mesma fama de John Mayer. Na verdade, acho que Mayer é o frustrado da história, pois garanto que ele desejaria fazer sucesso tocando blues, coisa que também sabe fazer muito bem!

Por Leandro Mendes
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terça-feira, 22 de março de 2011

Dave Matthews Band – Crash (1996)


Dave Matthews Band é daquelas bandas pouco conhecidas aqui no Brasil. Nos EUA, eles fazem o maior sucesso e têm o devido reconhecimento. Não é à toa que estão na ativa há mais de 17 anos, com 7 álbuns de estúdios e quase 30 lançamentos ao vivo! Não é incrível? Isso prova que eles são bons no que fazem e não têm medo de deixar suas performances registradas ao vivo.
Vocês vão entender o que estou falando.

Crash foi o álbum que mais me chamou a atenção. Na verdade, foi a partir dele que tomei conhecimento da existência da banda. Mas até hoje, esse é o melhor disco já lançado por eles. As músicas são incrivelmente autênticas e de ótima qualidade - gravação, produção, elaboração e arranjos fizeram com que Crash se tornasse a obra-prima de Dave Matthews Band. Em 1996, o álbum foi uma novidade no mundo da música e continua sendo até os dias de hoje, pois banda alguma conseguiu fazer algo similar. Ainda bem que não tentaram!

O que mais chama a atenção em Crash são os arranjos de violino e saxofone, que permeiam as músicas praticamente durante todo o disco, dando maior riqueza aos detalhes das canções. Dave Matthews, líder da banda, comanda seu violão como ninguém. É de se admirar a forma na qual ele executa seus riffs complexos e, ao mesmo tempo, consegue cantar incrivelmente. O violão parece ser parte de seu corpo, algo que nasceu em suas mãos!



Crash é composto por 12 músicas, das quais posso destacar de olhos fechados as incríveis “So Much to Say”, “Two Step”, “Too Much”, “Drive in, Drive out” e a maravilhosa “Tripping Billies”, que é uma mistura de rock com música caipira. Imaginem só no que deu!

As belas baladas “#41”, “Let You Down” e “Cry Freedom” mostram o lado ainda mais sensível e o dom que Dave possui para a música. A canção “#41 é empolgante do início ao fim, com uma melodia fantástica que evolui aos poucos até chegar ao ápice da música. Aliás, essa é uma das características do Dave Mattews Band: impressionar!

Por Leandro Men
des
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segunda-feira, 14 de março de 2011

Apocalipse Now: O Horror da Guerra - 1979

Título Original: Apocalypse Now
Título Nacional: Apocalipse Now
País de Origem: USA
Idioma Falado: Inglês / Francês / Vietnamita

Diretor: Francis Ford Coppola

Atores: Marlon Brando, Martin Sheen, Harrison Ford, Robert Duvall, Laurence Fishburne

The Horror...the horror...

nota no imdb


Durante o ápice do envolvimento americano na guerra do Vietnã, o já atormentado capitão Willard (Martin Sheen) aguarda impaciente por uma missão enquanto vai perdendo sua sanidade  enclausurado em Saigon. Finalmente ele é chamado. 
Jogado no litoral Vietnamita sem muita instrução e mantimento em um barco patrulha da marinha, Willard tem que subir o rio Nung em pleno território hostil para chegar ao Camboja.  Lá ele deve encontrar o coronel Kurtz (Marlon Brando) e assassiná-lo,  pois aparentemente enlouqueceu e desertou junto com o pelotão inteiro. Do Camboja, Kurtz conduz a guerra à sua maneira, na tentativa de fazer o exército americano enxergar porque não consegue vencer de uma vez o conflito. Os militares por sua vez o querem morto, pois suas ações quebram todos os códigos de conduta das forças armadas.

Apocalipse Now surpreende por não ser um filme puramente de guerra e sim sobre a loucura que este conflito promove. De forma perspicaz, o aclamadíssimo diretor Francis Ford Copolla critica a conduta do exército e do povo americano durante a guerra. Logo de primeira,  encontram um coronel fã de surfe o suficiente para mobilizar toda a sua força para tomar um ponto ideal de surfe ocupado por inimigos. No meio do rio, um palco de show montado para receber as coelhinhas da Playboy que vieram para entreter os soldados é visto com desdém por Willard. Quem assiste a versão redux do filme, com 60 minutos a mais, pode ver essa crítica de forma mais explícita, pois Willard encontra uma fazenda de colonos franceses, que ainda estão no local protegendo seus bens e a vida construída durante a era colonial de ocupação francesa. Surge então um diálogo explicando os motivos da guerra para os franceses, que foram derrotados na década de 50 e para os americanos lutando no momento.
A edição, os cenários e as cenas são todas fantásticas. Você se sentirá no Vietnã realmente.
A trilha sonora escolhida a dedo para o filme também reflete a grandeza da produção com canções de The doors, Rolling Stones e até música clássica com a Die Walkure de Richard Wagner
Um verdadeiro clássico do cinema e talvez o melhor filme de todos os tempos do gênero.

Stay Cine!

Por DanMucura

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quinta-feira, 10 de março de 2011

John Mayer: Where The Light Is (DVD) – 2007



John Mayer é realmente um guitarrista de destaque no mundo da música contemporânea. O concerto “Where The Light Is”, gravado em Los Angeles, é a prova de que John não é apenas um músico que se vende para ganhar dinheiro com as canções que não param de tocar nas rádios. Ele também sabe executar um blues como ninguém, e faz questão de mostrar esse seu lado em suas apresentações.

O show é dividido em 3 partes: Acústico, John Mayer Trio e Banda. A famosa “Daughtes” e a trabalhada “Neon” compõem o setlist da primeira entrada, juntamente com outras 3 canções em belas versões unplugged. A segunda etapa é composta por diversos blues, inclusive ótimos covers de Jimi Hendrix, com "Wait Until Tomorrow" e “Bold As Love”, além de outros clássicos, como “Everyday I Have the Blues” e “Who Did You Think I Was”. Para essa parte do show, John convoca o grande baixista Pino Palladino (The Who, Phil Collins, David Gilmour) e o mestre das baquetas Steve Jordan (Steve Wonder, Bob Dylan, BB King). Já da pra imaginar o resultado, não? Em minha opinião, esse é o melhor momento de “Where The Light Is: Live in Los Angeles”.

Confira Everyday I Have the Blues:



John Mayer chama sua big band aos palcos para executar a última parte do show, repleta de sucessos.
Waiting on the World to Change”, “Why Georgia”, “Gravity” e “Belief” fazem parte desse setlist. John dá um toque especial a cada uma delas, sempre com mais feeling, dedicação e solos mais rebuscados. Na verdade, ele melhora o que já é muito bom – talvez um indício de que sua verdadeira vontade é fazer sucesso com músicas ainda melhores, com características do blues e rock and roll.

Bom, esperemos para ver o que vem por aí. Eu vou ficar torcendo para ele largar um pouco o sucesso das rádios e produzir o que ele realmente gosta de fazer: um som de primeira!

Por Leandro Mendes
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